terça-feira, 1 de maio de 2012

Aprendizagem Significativa


..., aprendizagem significativa é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante de estrutura de conhecimento do indivíduo. Ou seja, neste processo a nova informação interage com uma estrutura de conhecimento específica, a qual Asubel define como conceito subsunçor ou, simplesmente, subsunçor (subsumer), existentes nas estrutura cognitiva do indivíduo. A aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação ancora-se em subsunçores relevantes preexistentes na estrutura cognitiva de quem aprende. Asubel vê o armazenamento de informações na mente humana como sendo altamente organizado, formando uma hierarquia conceitual na qual elementos mais específicos de conhecimento são relacionados (e assimilados) a conceitos e proposições mais gerais, mais inclusivos. Estrutura cognitiva significativa, portanto, uma estrutura hierárquica de subsunçores que são abstrações de experiências do indivíduo. (MOREIRA & MASINI, P.18, 2001).

Estes são argumentos de MOREIRA & MASINI, numa visão mais abrangente da Teoria de Aprendizagem Significativa de David Asubel.

“Não há interação entre a nova informação e aquela já armazenada. O conhecimento assim adquirido fica arbitrariamente distribuído na estrutura cognitiva sem relacionar-se a conceitos subsunçores específicos (...) Na verdade Asubel não estabelece a distinção entre aprendizagem significa e mecânica como sendo uma dicotomia, e sim como um continuum.” (MOREIRA & MASINI, pag 19, 2001)



“O que muda é que dentro de uma perspectiva de aprendizagem construída a partir de um conhecimento prévio das crianças, é muito fortemente colocada por Asubel, nada se aprende se eu não ancorar um novo conhecimento em conjunto com um novo conhecimento já existente, é mais fácil construir a partir do que já se sabe.”



“Quando pensamos na estrutura cognitiva de um aluno que deverá se apropriar do conceito de números inteiros, por exemplo, podemos considerar que os mesmos deveriam já ter vários conceitos já assimilados, como os conceitos de números, campo numérico dos naturais e suas operações fundamentais que associados aos conceitos de ganhar/perder, positivo/negativo deverão servir de ponte para a ancoragem do novo conceito para à estrutura cognitiva do aprendiz.”



Reconhecer a necessidade de fazer um levantamento dos conceitos já existentes de estrutura cognitiva dos alunos, mesmo que insuficientes, a partir de sondagens realizadas por meio de mapas conceituais levará os professores da importância de trabalhar com novos conceitos matemáticos através de sequências didáticas que contemplem, por exemplo, atividades (organizadores prévios) que evidenciem os conhecimentos prévios dos aprendizes.”



“No caso dos números inteiros, o aluno poderá ter na estrutura cognitiva as noções de perder/ganhar, positivo/negativo, no entanto, se o professor ao introduzir o novo conceito não utilizar sequências didáticas e atividades significativas para que o aprendiz estabeleça as pontes necessárias entre o que já conhece e o que deverá aprender a aprendizagem poderá ser mecânica”.

Zabala (1998) coloca que as mesmas caracterizam-se por: “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos”. (p.18)

Organizadores prévios, Ausubel os propõe como forma de manipular a estrutura cognitiva dos indivíduos, facilitando a aprendizagem significativa. Organizadores prévios consistem em atividades que tem como objetivo introduzir os novos conceitos a partir do que os professores perceberam existir ou não na estrutura cognitiva dos aprendizes.

“Segundo Ausubel, a principal função do organizador prévio é a de servir de ponte entre o que o aprendiz já sabe e o que ele deve saber, a fim de que o material possa ser aprendido de forma significativa. Ou seja, os organizadores prévios são úteis para facilitar a aprendizagem na medida em que funcionam como “pontes significativas”.  MOREIRA & MASINI (2001)



MOREIRA & MASINI (2001) destacam ainda que Ausubel define assimilação como o processo de subsunção e o representa através do esquema abaixo:

 


NOVA INFORMAÇÃO POTENCIALMENTE SIGNIFICATIVA a  



RELACIONADA e

ASSIMILADA POR           




CONCEITO SUBSUNÇOR EXISTENTES NA ESTRUTURA COGNITIVA A



PRODUTO INTERACIONAL SUBSUNÇOR MODIFICADO A’a’



Conforme representado no esquema acima que os conceitos novos potencialmente significativos “a” ao se ancorarem aos conceitos subsunçores “A” já existentes na estrutura cognitiva do indivíduo que aprende, podendo ser caracterizados como uma extensão do mesmo, elaboração ou qualificação, se modificando mutuamente resultando em conceito mais elaborado, chamado por Ausubel como produto interacional.



O mapeamento conceitual, proposto por Ausubel tem como objetivo orientar o Professor na definição de organizadores prévios (atividades) e de sequências didáticas que contribua para a promoção da recuperação contínua para a posteriori efetivar a aprendizagem significativa, tendo em vista a viabilização do currículo de matemática nas salas de aula.



“Os mapas conceituais permitem ao aprendiz uma forma diferenciada da apropriação do conhecimento, por elaboração pessoal, obtida a partir de conceitos pré-existentes em sua estrutura cognitiva. Os mapas são diferentes no sentido que: i) cada um pode interpretar de uma forma diferente; ii) cada um pode construir o seu. Assim, o que se apresenta é um mapa possível e não “o mapa conceitual sobre” (Moreira, 1988). (Dandolini & Souza, 2009, p.1)



Segundo Moreira & Masini (2001) mapa conceitual caracteriza-se a priori como sendo um diagrama de conceitos interconectados entre si.

“Num sentido amplo, mapas conceituais são apenas diagramas indicando relações entre conceitos (Moreira, M.A., 1977). Mais especificamente, no entanto, eles podem ser vistos como diagramas hierárquicos que procuram refletir a organização conceitual de uma disciplina ou parte de uma disciplina. Ou seja, sua existência é derivada da estrutura conceitual de uma disciplina.” (p.51)



Como construir um mapa conceitual, endereço eletrônico:




Exemplos de Mapas Conceituais elaborados por alunos:




Teoria de David Ausubel:

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